Paragem na olaria de S. Pedro do Corval. Tempo para falar com os bem simpáticos artesãos
Dar uma voltinha pelos recônditos, tirar algumas fotos
e comprar algumas prendas para as namoradas
Chegada ao Alqueva. Monsaraz ao fundo. Acampamos aqui? Não, vamos até à Estrela.
Ah, aqui sim. Estrela, Alqueva Al que vas? Nos Vamos às estrelas mas antes há um copo que nos espera no simpático "Sabores da Estrela" com o Chico Palma, velho amigo do Zé. Ainda antes de entrar encontro o João Candeias, que está de saída. Lá dentro,à mesa conhecemos a dona, Maria José,velha amiga do Chico e um encanto de pessoa. Refrescamo-nos com gelo aromatizado a whisky e vamos tomar um banho à lagoa e fazer as tendas
Tss tss, José quel langage! Nota-se que a tenda está velha e um pouco torta, mais quand-même c'est pas sa faute. Faut pas l' insulter comme ça!!
Bon, finalement ça marche! Vamos ao banho
Ah, que sopa! se tropeço lá vai a máquina pró galheiro
Anoitece,vamos jantar a Mourão com o Chico Palma e sus muchachos, telefono ao coronel Candeias, que logo aparece, copos do rijo Amareleja e já tudo se preparava para uma ramboiada pagã numa alegre "hospedaria internacional" em Vilanova Del Fresno, de que estas gentes de Mourão são assíduas clientes, quando o Zé,imbuído de puritanos escrúpulos, decide voltar para o acampamento
Belo lago este. Numa viagem anterior com o Zé e o Luís Amaral passamos dias navegando com um pequeno barco e acampando nas ilhas. Por vezes,com a vastidão solitária e o calor intenso que fazia reverberar o horizonte tinha a sensação de estar na "África minha". Os castelos (de Mourão e de Monsaraz) que apareciam por vezes lá longe davam uma tonalidade onírica e fantástica. Como tudo está perto, como tudo
está longe...
E não é a lua, não senhor. Mas podia ser! Que isto da realidade é na realidade uma questão de fé.
Um segredo do Zé. Foi ele que me levou a visitar esta pequena capela Templária, como pouco depois o levaria eu a visitar o Castelo da Juromenha
E como é bom, por vezes, um contacto directo com os indigenas!
O cromeleque de Monsaraz,mesmo junto ao Mosteiro. Prometi voltar numa noite de Lua Cheia, dançar com druidas e feiticeiras, falar com as estrelas, tentar a minha sorte nas esferas invisíveis. Eu, Moi. O Zé ne de não! Não era nada destes devaneios mas lá me ia ouvindo com a sua característica e condescendente bonomia!
Do alto da Juromenha
Espraia-se o Alqueva
Le Château de Juromenha. Ocupação que vem da época dos romanos devido à posição estratégica. Há uma história edificante, quando foi reconstruída no Séc. XVII,por um arquitecto francês, de seu nome Nicolau de Langres, que se passou para os espanhóis e comandou pessoalmente o ataque que tomou o castelo. Será que já os Tugas da altura lhe tinham pago com títulos do tesouro? Apaixonante enigma histórico...
O vosso simpático cicerone numa das seus raros não auto-retratos.Embora tudo esteja com ar abandonado, vê-se, pela fachada ao fundo que já houve inícios de reconstrução.
E aqui me imaginei injustiçado prisioneiro, Conde de Monte Juromenha, arquitectando fugas e vinganças
Do outro lado terras de Espanha. Lembro-me de quando aqui o Guadiana corria num profundo desfiladeiro
Pormenor do tecto cuja simbologia me escapa. Alguém sabe?
O Buraco em todo o seu esplendor
1 comentário:
Eu quero enviar um comentário, não posso deixar de o fazer, depois de passar por este buraco/janela/passagem para o mundo das estórias de encantar.
Transponho a muralha e vejo calmos fins de tarde onde a vista se alonga por paisagens magnificas, locais onde cada recanto é um sítio a explorar e o calor dos encontros traz a festa da autenticidade...
É o que, por vezes, me falta nesta cidade construida ao milimetro, sem espaço para sonhar, ou re-inventar o sonho... por isso me soube tão bem este passeio por dentro do que viveram e saborearam...
Teresa e Carlos: estou pronta para o próximo tour!
Xau La de Ou Mun
Jaia
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